A pergunta pode parecer provocação, mas preste atenção: os primeiros
ultrabooks deixaram a desejar em vários quesitos prometidos pela Intel —
preço, acabamento, performance. E parece claro que eles surgem para
enfrentar o MacBook Air. Mas peraí, e se colocarmos um Windows 7 no
MacBook Air? Foi o que pessoal do The Verge fez — e após uma extensa bateria de testes, a resposta é…
Que, talvez, se você estiver disposto a gastar um pouco a mais no
MacBook Air e fazer um esforço para usar o Windows 7 nele, ele pode ser
melhor do que qualquer um dos ultrabooks no mercado de hoje — lembrando,
claro, que a Intel diz que mais de 50 ultrabooks serão lançados em
2012. Porém, eles ainda estão custando entre US$1.000 e US$1.300 nos EUA
— um MacBook Air de 13 polegadas custa US$1.500.
Em termos de hardware, por exemplo, o MacBook Air de 13 polegadas
está à frente de praticamente todos seus concorrentes — o Verge comparou
o ultrabook forçado com mais de seis concorrentes, a maioria deles
testado pela mesma pessoa, Joanna Stern. E as conclusões dela nesse
quesito são bem diretas: o teclado, touchpad e acabamento são bem
superiores às soluções da concorrência.
Mas e na hora de usar, de verdade, o Windows 7? A surpresa fica por
parte dos benchmarks: o MacBook Air ficou passos à frente de seus
concorrentes leves. Perdeu apenas para o Vaio Z, que não é exatamente um
ultrabook. No resumo:
Eu não senti nenhum lentidão ao simultaneamente escrever este review no Microsoft Word, passear pela web no Chrome com mais de 10 abas abertas e checar o Twitter com frequência por meio do MetroTwit. Em alguns casos, eu achei que o aparelho teve melhor resposta do que outros ultrabooks com Windows 7, como o Folio 13 e o U300s.
Então é só gastar uns US$300 e ir para o abraço? Calma, não é tão
simples assim. Apesar de se sair bem em alguns sentidos, o MacBook Air
com Windows 7 apresentou dificuldades em dois pontos bem importantes: o
tempo de boot é bem maior que os concorrentes — já que é preciso abrir o
Boot Camp e esperar o carregamento do Windows 7 — e a duração da
bateria, tão aclamada quando o notebook roda OS X, caiu para míseras 4
horas e 28 minutos, abaixo de todos os concorrentes.
Conclusão? Provavelmente seria trabalhoso ter um MacBook Air com
Windows 7 — principalmente por causa da perda de vida útil da bateria.
Mas o que fica claro, olhando o cenário como um todo, é que há um
ultrabook à altura do que os usuários esperam. O teste, que parece mais
um experimento de laboratório, é bom mesmo para as empresas que
pretendem lançar toneladas de ultrabooks neste ano — há muito o que
trabalhar para criar uma máquina fina, barata e empolgante de verdade.
Mesmo assim, vale a pena ler toda a empreitada do Verge e tirar suas
próprias conclusões, não?
Via: GIZMODO BRASIL
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