(Fonte da imagem: Shutterstock)
Nem todas as informações sobre uma empresa são de conhecimento do
público. Muitas vezes, por razões comerciais, divulgar algum dado
confidencial pode fazer com que as ações de uma companhia caiam e, além
disso, outras empresas podem acabar indo na onda adotando políticas
semelhantes.
O site Market Watch
publicou nesta semana um artigo em que lista algumas informações sobre a
Google que talvez você até já saiba, mas que com certeza nunca verá nas
propagandas da empresa. Afinal, não é do interesse dele que esse tipo
de informação acaba se tornando muito popular.
Eles sabem o que você faz na internet
Você já deve saber que, quando está logado com uma conta do Google,
todos os seus dados de navegação são coletados e, a partir do seu
comportamento, a empresa consegue retornar anúncios publicitários mais
adequados ao seu perfil. Mas como isso exatamente acontece? Ninguém
sabe.
Os algoritmos usados para essa finalidade, bem como a maneira como os
dados são cruzados, são tratados como “segredo de Estado” pela
companhia. Sim, você pode optar por não participar das pesquisas, mas
encontrar as opções de desvinculação nem sempre é uma tarefa simples e
muito sequer imaginam que isso é possível.
Eles estão muito preocupados com os vírus
“O Android é o Velho Oeste dos aplicativos”. A frase é de Nick
Holland, analista do Yankee Group. Segundo ele, a “terra sem lei” em que
os apps podem se propagar sem muito controle pode fazer com quem, no
futuro, o Android se torne um verdadeiro paraíso para os hackers.
A maioria dos usuários ainda dispensa o uso de um antivírus no
smartphone e é justamente aí que reside o problema. Por outro lado, a
Google não faz questão alguma de incentivar o uso de aplicativos do
gênero, uma vez que isso poderia denotar uma sensação de que o Android é
um SO inseguro.
Eles pretendem controlar a sua opinião
Imagine que você entra em uma livraria de um shopping e, dentro dela,
ao lados dos livros, várias pessoas estão ali dizendo se gostaram ou
não da publicação — ainda que não tenham lido o livro. É mais ou menos
assim que funciona o sistema de comentários sobre um produto. Muitas
vezes, as informações dos consumidores podem ser determinantes para que
você compre ou não alguma coisa.
Mas e quando esses comentários são negativos? Um estudo realizado
pela Forrester Research revelou que o livro “Jogos Vorazes” é mais bem
avaliado no site da Amazon do que na loja da Google. A consequência
disso é que o índice de compras no site da empresa de Jeff Bezos é maior
do que na BookStore da Google. A empresa não está satisfeita com esse
tipo de comportamento e estuda um jeito de selecionar melhor os
comentários que exibe.
O Google Books está ficando para trás
As vendas de livros digitais estão crescendo em todos os países, em
especial nos Estados Unidos. Entretanto, a maior beneficiada nesse novo
cenário é a Amazon, que tem visto as suas vendas aumentarem
exponencialmente, o que não acontece no mesmo ritmo na loja da Google.
O que acontece é que, ao menos nos EUA, as pessoas já criaram o
hábito de associar a Amazon com livros digitais. Muitos consumidores
sequer sabem da existência de uma Book Store do Google e, por conta
disso, esse é um mercado em que a Google está muito longe em se tornar
uma referência.
Escritórios legais são uma verdadeira armadilha
As fotos dos escritórios da Google impressionam qualquer um.
Decoração atraente, alimentação e muitas áreas de lazer. Além disso,
benefícios não faltam na folha de pagamento. Quem não gostaria de ter um
emprego como esse, não é mesmo? Contudo, tantas regalias podem ter um
alto preço.
Segundo alguns especialistas em relações de trabalho, ambientes como
esse estimulam os funcionários a passarem mais tempo em função das suas
atividades. A jornada de 8 horas diárias, por exemplo, acaba se
misturando com o tempo de lazer e, no final das contas, a Google conta
com uma legião de pessoas respirando trabalho muitas vezes mais de 16
horas por dia, o que a longo prazo pode não ser saudável.
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