Computadores atuais utilizam circuitos elétricos para processar
informações. Com o crescimento da velocidade das máquinas, é preciso que
os circuitos sejam modernizados para acompanhar a evolução e trazer
ainda mais benefícios para quem usa os aparelhos.
Atualmente, a melhor alternativa já encontrada é a transmissão
óptica, que deixaria seu computador funcionar na velocidade da luz.
Trocando os fios de cobre por feixes de laser, é possível carregar
informações em uma velocidade assustadora.
Um filme transferido por segundo
Longe da ficção e de teorias, em 2010 a Intel criou a primeira
conexão óptica para dados baseada em silício e lasers integrados.
Segundo a empresa, o chip com a tecnologia teria a capacidade de mover
dados com cerca 50 Gbps, ou seja: 50 bilhões de bits por segundo.
Isso significa que o equipamento seria capaz de transferir um filme
inteiro em HD em nada menos do que um segundo. Mas as pesquisas não
pararam por aí e a equipe da Intel continuou buscando possibilidades de
transferência ainda mais velozes. Ainda não foram mostrados novos
resultados, mas, ao analisar resultados de pesquisas correlatas, é
possível perceber que o projeto anda a passos largos.
Maior durabilidade
Computadores ópticos substituem os cabos de cobre por fibra óptica de
alta velocidade. Com o uso dos feixes de luz, os elétrons são
substituídos ao carregar dados com o uso de lasers. As correntes
elétricas encontradas nas máquinas atuais geram calor dentro dos
computadores e, conforme a velocidade de processamento aumenta, também é
necessário ter ainda mais eletricidade.
O calor excessivo, totalmente prejudicial ao hardware, é eliminado
com o uso de lasers, que também pode garantir maior durabilidade dos
equipamentos. Um computador que use feixes de luz pode ter sua estrutura
resfriada com muito mais facilidade, exigindo ainda menos energia.
Outras vantagens
O baixo custo é um dos atrativos da tecnologia, além disso, a
disponibilidade de fibra óptica de alta velocidade ainda permite que os
fabricantes sejam mais ousados no design dos produtos. Já com a
tecnologia atual (usando cabos de cobre) é preciso limitar o espaço
utilizado para a transmissão de dados, evitando a interferência
eletromagnética.
Segundo informativo oficial da Intel, “o
datacenter ou o supercomputador do futuro poderão ter seus componentes
espalhados por todo o prédio ou até mesmo por todo o campus,
comunicando-se entre si com altas velocidades, em vez de ficarem
confinados por pesados cabos de cobre com capacidade e alcance
limitados.” Com isso, um supercomputador que utilize fibras ópticas pode
ter um desempenho ainda maior e, além de tudo, economizar espaço e
energia.
O contraponto disso é ter computadores pessoais cada vez mais
compactos. Sem a interferência dos condutores metálicos, também é
possível manter os links mais próximos uns aos outros: ao contrário dos
elétrons, o laser não repele outros feixes. Isso permite que as ligações
se cruzem sem que haja uma interferência significativa no processo.
Semicondutores em nanoescala
Em junho deste ano, a Universidade da Pensilvânia anunciou
que as pesquisas com o uso da tecnologia óptica estão a todo vapor.
Eles conseguiram comprovar que polaritons aumentam a força de
acoplamento ao serem confinados em semicondutores em nanoescala. Isso
demonstra um avanço promissor nas pesquisas e garante que os circuitos
possam ser ainda menores do que o esperado.
Além disso, a equipe criou nanofios e um tipo de escudo de oxido de
silício na superfície para melhorar suas propriedades ópticas. Em
seguida, eles cortaram os nanofios, bombeando a luz através deles. Então
a equipe desativou a luz, transformando o dispositivo em um switch.
Na sequência, foi usado um concentrado de feixes de ions de Gálio
para cortar o nanofio em dois segmentos. Depois disso, os pesquisadores
bombearam um feixe de laser pulsado por meio do primeiro segmento. A luz
pulsada é absorvida e conduzida através do segundo segmento.
Segundo a equipe de pesquisa, a energia foi bombeada continuamente
por dentro do primeiro segmento a fim de criar um processo contínuo no
chip. Esta fonte, por sua vez, permaneceu ligada constantemente ao longo
do experimento, podendo produzir um mecanismo perfeito de “ligar e
desligar”. Essa foi a primeira vez em que nanofios foram usados de
maneira individual para testes de condutores ópticos e tudo indica que
as pesquisas não devem parar por aí.
.....
Ainda não existe uma previsão para que os computadores tenham todos
os seus condutores de cobre substituído por feixes de laser, mas, com o
avanço das pesquisas e o interesse crescente dos fabricantes de
processadores, podemos esperar novidades em um período não muito
distante.
Com altos investimentos em pesquisa, tanto no meio acadêmico quanto
na indústria, é muito provável que nos próximos anos vejamos a
tecnologia chegando ao mercado, embora ainda seja difícil acreditar que o
lançamento de computadores que utilizem apenas a tecnologia óptica
esteja tão próximo assim.
"ao contrário dos elétrons, o laser não repele outros feixes. Isso permite que as ligações se cruzem sem que haja uma interferência significativa no processo." Discordo disto, pois até mesmo em laser,há a presença de elétrons,pois ainda sim gera -energia luminosa- e energia vem de elétron e luz vem do fóton que é o movimento do elétron através das camadas atômicas.
ResponderExcluirGordo, mas os eletrons que liberam fotons que compoem o laser existem apenas na fonte. Se vc colocar um laser com distancia de 1 metro entre a fonte e um receptor, nao existem eletrons (do equipamento, apenas do ambiente) no meio do caminho
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