Dia e noite, inverno e verão. As diferenças entre as estações e
períodos do dia são possíveis graças a dois movimentos dos quais ouvimos
falar lá nos tempos de escola:
rotação e translação. Você pode não se lembrar com muitos detalhes, mas
eles são essenciais para que a vida na Terra seja garantida.
(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
Mas será que eles são tão importantes assim? O Tecmundo traz a
resposta neste artigo, criado para mostrar tudo o que aconteceria com o planeta
caso algum dia os movimentos fossem simplesmente interrompidos. Você
está preparado para saber das catástrofes? Então pegue seus casacos,
suas roupas de banho e seus capacetes. Não entendeu? Isso já vai mudar.
Desaceleração do planeta
Caso a Terra parasse de girar, provavelmente o processo seria
realizado de maneira gradativa. Por essa razão, demoraria um pouco até
que percebêssemos a desaceleração. Os primeiros sintomas a serem
percebidos seriam os prolongamentos de dias e noites. De pouco em pouco,
os períodos de luz e escuridão começariam a ser cada vez maiores, até
que o planeta parasse totalmente.
Quando isso acontecesse, os dias e noites não seriam mais controlados
pelo movimento de rotação da Terra (o que faz o planeta girar sobre seu
próprio eixo), mas sim pelo da translação (movimentação orbital, em
torno do Sol). Isso significaria que dias e noites teriam cerca de 6
meses cada, de forma parecida com o que atualmente ocorre nos polos.
Em caso de uma freada brusca
Havendo uma paralização mais brusca, em que a Terra realmente parasse
de uma hora para outra, os danos causados ao planeta não seriam apenas
percebidos em longo prazo. Como a velocidade de rotação é de cerca de
900 km/h, uma “freada” faria com que o planeta inteiro fosse jogado para
frente.
Imagine um carro percorrendo uma linha reta a 60 km/h e parando de
repente. Os passageiros seriam jogados para frente, não é mesmo? O mesmo
aconteceria com a Terra, mas em vez de apenas as pessoas serem
lançadas, prédios e outras construções seriam derrubados, causando
destruição por todos os lugares.
(Fonte da imagem: Reprodução/Gabriel - Flickr)
Da mesma maneira que acontece com os terremotos, a destruição gerada
por esse tipo de desastre iria muito além dos desabamentos. Ondas
gigantes, incêndios e seus respectivos efeitos colaterais poderiam ser
vistos em escala global.
Dias e noites polares
Como já dissemos, os dias e noites seriam controlados pelas voltas da
Terra em torno do Sol, fazendo com que só anoitecesse uma vez por ano. O
mesmo aconteceria com as manhãs, que demorariam 12 meses para se
repetirem. Com cada período durando seis meses, você já deve imaginar o
que aconteceria com vegetações e animais.
Luz ou escuridão: escolha a sua morte
Os ecossistemas existentes nos continentes são muito diferentes dos
presentes nos polos. Por essa razão, não seria possível garantir a
sobrevivência das espécies que, hoje, habitam por aqui. Com seis meses
de luz e seis meses de escuridão, o planeta Terra veria o fim de todas
as espécies animais e vegetais (com raras exceções das fossas abissais),
por excesso de calor ou de frio.
Você pode estar se perguntando: “Mas como existem animais nas regiões
polares?”. A resposta é simples: angulação. Os raios solares incidem
nos polos com muito menos potência do que os que atingem zonas
tropicais, por exemplo. Imagine como seria passar 180 dias com o sol do
meio-dia na cabeça. Muito pior do que o sol das seis da tarde, não?
(Fonte da imagem: Reprodução/Sibley Hunter - Flickr)
Queimadas constantes fariam com que as florestas fossem destruídas,
assim como plantações e outros tipos de cultura vegetal. Com isso, a
alimentação dos seres humanos e também a produção de rações seriam
afetadas completamente. Nós não poderíamos comer vegetais (pela
inexistência num primeiro momento) e nem animais (que também acabariam
sucumbindo à fome).
Do outro lado do planeta, na escuridão, os problemas também seriam
relacionados à alimentação. Sem luz, vegetais não poderiam se
desenvolver e as consequências seriam as mesmas: animais desnutridos e
humanos sem comida de nenhum tipo.
O fim da raça humana?
Alguém sobreviveria se a Terra parasse de girar? Segundo a NASA, as
pessoas que vivem nos polos do planeta seriam “poupadas pelo
apocalipse”, pois para elas os dias continuariam sendo iguais. Apenas
seriam afetadas pela já explicada “freada brusca”, que poderia fazer com
que as geleiras se desprendessem, por exemplo.
Para muitos, seria o Apocalipse. (O Apocalipse; Pintado por Matthias Gerung)
Com exceção das populações polares e seus respectivos animais,
vegetais e algas, pouca vida sobraria no planeta. Aos poucos, a inanição
seria responsável pelo aniquilamento da raça humana. E se muitas
pessoas tentassem fugir para os polos, os ecossistemas seriam
desequilibrados, o que causaria ainda mais problemas para o planeta.
Isso já está acontecendo
Há diversas teorias que apontam para a influência das marés na
desaceleração da rotação da Terra. Segundo muitos físicos (como mostra o
site do Instituto Newton de Ciências, dos EUA), a cada 100 anos a Terra
perde velocidade suficiente para que os dias fiquem meio segundo mais
longos.
Isso significa que, até os dias ficarem uma hora mais longos, será
necessário que a Terra passe por mais 120 mil anos. Como você pode
perceber, o processo está acontecendo de uma maneira muito lenta.
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Lembre-se: todas as informações mostradas neste texto são baseadas em
artigos científicos. Mesmo sabendo de todas as possíveis consequências,
pesquisadores especializados afirmam também que uma parada repentina do
planeta é praticamente impossível.
Via: Tecmundo