SUNNYVALE, Califórnia, 3 Fev (Reuters) - O novo presidente-executivo
da Advanced Micro Devices fez uma apresentação entusiástica, em sua
primeira conversa com analistas de Wall Street, afirmando que a
deficitária fabricante de chips está "em condição de combate" no
segmento de computadores, que vem passando por rápidas mudanças.
Foi a primeira reunião entre o comando da AMD e
analistas desde 2010, e Rory Read anunciou que a companhia aproveitará a
tecnologia que desenvolveu para computadores a fim de ingressar no
crescente setor de tablets, assim como em mercados emergentes, mas que
não tentará entrar no segmento de smartphones.
"Vamos concentrar esforços em clientes e mobilidade...
Não estou sugerindo que pretendemos mergulhar nos celulares
inteligentes, um espaço bastante lotado e com margens baixas... Vou me
concentrar na mobilidade de clientes, em produtos leves e finos", disse
Read.
Ele fez menção negativa ao domínio histórico do mercado
de chips para computadores pela Intel, e disse que a ascensão dos
tablets e outros aparelhos móveis, setor no qual a Intel até o momento
não vem demonstrando força, abre novas oportunidades para que outras
companhias, entre as quais a AMD, inovem.
"Veremos uma quebra do controle de sistemas fechados,
dos pontos de controle que dominam o nosso setor há anos e anos", disse o
executivo.
Read assumiu o comando da fabricante de chips em
agosto, depois de uma longa busca por um sucessor para o
presidente-executivo Dirk Meyer, que renunciou por discordar do conselho
da AMD quanto à falta de progresso da empresa na produção de chips para
aparelhos móveis cada vez mais populares, a exemplo dos smartphones e
tablets.
Falando com gestos largos e a energia de um guru de
autoajuda, Read disse que o foco da AMD serão as oportunidades
oferecidas pela computação em nuvem e a crescente demanda de países em
desenvolvimento como a China por computadores e outros aparelhos de
baixo custo.
Com problemas na produção do chip de 32 nanômetros
recentemente lançado, Read anunciou em novembro que a AMD demitiria 10
por cento de seus funcionários, para reduzir os custos operacionais
anuais em 200 milhões de dólares.
Via: UOL Tecnologia
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