“A vida imita a arte”, diz o ditado, e o prolífico campo da ficção
científica não é exceção. Os gadgets e conceitos imaginados pelos
autores para povoar seus mundos maravilhosos influenciam gerações e não
raro acabam definindo, décadas depois, o rumo de segmentos inteiros da
ciência e tecnologia. Veja alguns exemplos de coisas que pularam das
páginas para as prateleiras.
Watson (2001: uma odisséia no espaço)
Talvez o mais infame exemplo de inteligência artifical seja HAL 9000,
o computador antagonista de “2001: uma odisséia no espaço”, de Arthur
C. Clarke. Podemos não ter um HAL de verdade (ainda) mas temos o Watson,
o computador da IBM que recentemente destroçou os melhores competidores
humanos no show de perguntas e respostas “Jeopardy!”, na TV
norte-americana. E ele até soa como o HAL! Aposto US$ 1.000 em
“dominação do mundo”.
iPad (Star Trek)
O Personal Acess Display Device,
ou PADD, é um gadget frequentemente encontrado nas histórias do
universo de Star Trek desde a série original na década de 60. É um
“tablet” usado pelos personagens para acessar e exibir informações
variadas, desde diagramas de um reator de dobra às notícias do dia. De
acordo com o “Star Trek: The Next Generation Technical Manual”, os PADDs
são feitos de “epoxy com filamentos de boronita” que permite que
sobrevivam a quedas de até 10 metros sem sofrer danos. Infelizmente,
nosso iPad não conseguiu o mesmo.
PADD, de Star Trek: precursor do iPad |
Wikipedia (Fundação)
Na série “Fundação”,
de Isaac Asimov, um matemático chamado Hari Seldon funda um campo de
estudo acadêmico chamado “Psico-história” que lhe permite prever o
futuro de uma sociedade baseado em probabilidades. Quando ele prevê a
queda do Império Galáctico, cria uma organização devotada a acumular
todo o conhecimento humano em um volume chamado de “Enciclopédia
Galáctica”. Ao contrário da Wikipedia, os itens da Encyclopedia
Galactica só podem ser editados pelas mentes mais brilhantes. Mas
considerando a dificuldade de manter uma edição na Wikipedia, até que
elas não são tão diferentes assim.
World of Warcraft (The Matrix)
Em “The Matrix” a humanidade é escravizada por máquinas e suas
consciências são mantidas em um mundo virtual que só existe para manter
as pessoas ocupadas demais para se rebelar. A Blizzard foi além e
conseguiu fazer com que as pessoas paguem US$ 15 dólares por mês pelo
privilégio. É por isso que o Keanu está triste.
Second Life (Snow Crash)
Boa parte da novela cyberpunk Snow Crash, de Neal Stephenson, se
passa na internet, em um mundo virtual completamente imersivo chamado
“Metaverso” que é uma extensão do mundo real. A Linden Labs construiu
seu próprio Metaverso e o chamou de Second Life, onde as pessoas vendem
terrenos virtuais por dinheiro real e fazem sexo virtual.
Snow Crash mistura os mundos virtual e real |
iRobot Roomba (Os Jetsons)
Ainda não temos uma empregada robótica como a Rosie, mas temos o
Roomba, da iRobot. Ele é capaz de deixar seu chão limpinho sem que você
precise fazer esforço, e o melhor: não fica resmungando sobre o quanto
detesta limpar sua bagunça.
Serviços de teste genético (Gattaca)
No mundo de Gattaca, seu valor perante a sociedade é determinado
pelos seus genes, que seriam capazes de indicar as conquistas em
potencial durante sua vida. Nossa sociedade ainda não chegou a esse
ponto, mas serviços de testes genéticos como o 23andme.com dizem ser
capazes de indicar sua predisposição genética a doenças, reações
adversas a medicamentos e até mais informações sobre seus ancestrais.
Felizmente, tais testes não são um item requerido numa ficha de emprego.
Ainda.
Controles com gestos (Minority Report)
Esqueça a precognição ou Tom Cruise. O que realmente deixou os nerds
interessados em Minority Report foi a impressionante interface de
computador operada por gestos. Embora displays holográficos não sejam
comuns, o projeto DepthJS
do MIT combina o Microsoft Kinect (acessório do Xbox 360) com código em
JavaScript para permitir a navegação na web com gestos.
Já é possivel navegar na web fazendo gestos no ar, como Tom Cruise |
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