Com a chegada ao país do iPad, da Apple, e o Galaxy Tab, da Samsung,
brasileiros terão mais facilidade para comprar tablets. Mas o que fazer
com elas?
Em janeiro de 2010, a Apple apresentou a tablet iPad, um computador que é
basicamente uma tela multitoque portátil. Já haviam existido outras
tablets no passado - quase sempre fracassos -, mas a Apple acertou a
hora do lançamento e inaugurou um novo e promissor mercado. Em outubro,
mais de 7,4 milhões de unidades de iPads já haviam sido vendidas no
mundo, e até o fim do ano esse número deve subir para 10 milhões. De
acordo com o instituto de pesquisa Gartner, neste ano serão vendidas
19,5 milhões de tablets. Em 2014, serão 200 milhões. Além disso, o
futuro das tablets não é ser um aparelho secundário: segundo a Gartner,
elas devem substituir uma boa parte dos velhos computadores pessoais que
ficam nas nossas mesas. Até 2014, vão tomar 10% do mercado de PCs.
Brasileiros agora podem comprar por aqui os dois principais produtos do
mercado mundial de tablets. Embora muitos tenham se adiantado e
importado o aparelho da Apple, só nesta sexta-feira (3) o iPad começou a
ser vendido oficialmente no país, com preços entre R$ 1.599 e R$ 2.499.
O Galaxy Tab, da Samsung, um dos mais promissores concorrentes do iPad,
chegou ao Brasil no fim de novembro com preços variando entre R$ 599 a
R$ 2399, dependendo da operadora e do plano escolhido (a Samsung sugere
R$ 2699 pelo aparelho desbloqueado). O Galaxy mostra como há muitas
diferenças de conceitos entre os fabricantes. Ele é menor que o iPad e
com funcionalidades que não estão disponíveis na tablet da Apple, como
telefone e câmera. Agora, é o usuário que tem que escolher o que parece
ser mais útil para suas necessidades. O que esperar desses aparelhos?
A advogada Aline Alarcão foi a primeira a comprar um Galaxy Tab da Vivo
em Brasília, no dia 25 de novembro, quando a tablet da Samsung foi
lançada, e não largou mais. "Uso todos os dias, está sempre comigo, na
bolsa", disse. Aline afirma que escolheu a tablet porque a Galaxy "faz
um meio-termo" entre um notebook ("pesado demais, incomoda") e um
smartphone ("pequeno demais"). O Galaxy tem uma tela de 7 polegadas (o
dobro de um iPhone), enquanto a do iPad tem 9,7 polegadas. De acordo com
Aline, o aparelho da Apple é muito grande e parece ser "mais incômodo".
"Além disso, o iPad não atendia tudo o que eu esperava", afirma. "Com o
Galaxy Tab eu tenho Bluethoot, cabo de dados, expansão de memória, TV,
vídeo chamada."
Quando vai praticar tiro, o atirador de precisão Carlos Melo, capitão do
Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) de
Brasília, precisa anotar diversos dados: a distância, a umidade do ar, a
altura, o vento, a intensidade da luz. Seu iPad, comprado pela internet
há cerca cinco meses, se revelou uma ferramenta muito útil. Melo anota
as condições do tiro direto na tablet, que cria um arquivo que o
policial pode consultar sempre que precisar. "Também deixo no iPad
formulários para checar procedimentos", disse. Melo acredita que tablets
podem ser uma ferramenta muito útil para a polícia. "Estamos
amadurecendo um projeto para colocar um iPad ou uma tablet com Android
nas viaturas", disse. Melo também afirma que a tablet estimulou a
leitura. "A quantidade de livros que li depois de comprar o iPad
aumentou."
Juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, Luiz Augusto Barrichello
comprou o iPad no exterior logo que o aparelho foi lançado. Gostou tanto
que comprou outro, com 3G. Barrichello conta que usa o iPad para
carregar diversos livros e textos jurídicos. "Ele é mais fino do que
muitos livros que preciso ter", disse o juiz, que antes usava o Kindle,
leitor digital da Amazon. "A única vantagem do Kindle é que você pode
ler no sol", afirma. Barrichello também usa o iPad quando precisa
redigir documentos rapidamente. "Tenho os principais modelos de
documentos salvos no iPad", disse. "Só não é tão agradável de digitar,
não dá para fazer trabalhos longos." Ele também conta que a tablet é
ótima para entretenimento. "Coloco vídeos para meu filho de três anos",
disse. "Ele mexe no iPad melhor que minha mãe, que tem 65."
Não é possível ter certeza de que as tablets vão realmente se
tornar nos próximos anos um aparelho importante no cotidiano das
pessoas. Talvez eles não tenham o impacto esperado pelos entusiastas
mais otimistas, que esperam uma revolução na comunicação e na computação
pessoal, mas mesmo assim sejam um sucesso de vendas. O mais importante
serão as utilidades que os usuários darão para essas telas portáteis
conectadas à internet. E para algumas pessoas elas parecem estar se
revelando bastante úteis.
Via: Texto de Renan Dissenha Fagundes, da revista Época
Cara esses tablets são bons mesmo... Tenho ipad que na época comprei por R$ 2.500,00. Na época fiquei comedo não pelo produto mais sim pela maneira qual iria aplicar ele no meu trabalho, mais o bichin caio como uma luva nas minhas mãos. Trabalho e com ele mas ou menos 12 horas por dia, apresentado meu produtos aos clientes e ganhando clientes e vendas. Recomendo mesmo, tanto para o trabalho, pois ele subistitui um note ou um net bricando, recomendo tb para o laser, nas horas vagas.
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