(Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
Segundo o site BuzzFeed,
para Alan Curtis Kay, renomado cientista da computação, as empresas que
vislumbram dominar o mercado de software precisam também possuir o seu
próprio hardware.
Há muito tempo, essa parece ser a ideia da Apple. A Maçã sempre
mostrou interesse em desenvolver os componentes necessários para formar
os eletrônicos que rodam os seus sistemas operacionais. Prova disso foi a
aquisição feita em 2008 pela empresa fundada por Steve Jobs de uma
companhia que fabrica microprocessadores – conforme informado pela Forbes.
A resposta para tal anseio é simples: um conjunto de software e
hardware projetado pelas mesmas pessoas trabalharia melhor. Isso porque o
software seria pensado de acordo com o potencial de hardware
disponível, e os componentes trabalhariam sempre voltados para o mesmo
padrão de sistema.
A nova tendência do mercado
Entretanto, não são todas as organizações que pensam assim. Ou pelo
menos não pensavam. A Microsoft, grande rival da Apple, desde a sua
criação vende a sua plataforma para que outras empresas a coloquem em
seus produtos. É fato que tal método tem funcionado para a disseminação
em grande escala do Windows, afinal de contas, há duas décadas que ele é
o sistema operacional mais usado no mundo – estando atualmente em
92,53% dos computadores, de acordo com o levantamento da Net Applications.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/Net Applications)
Contudo, alguma coisa está mudando. A empresa de Redmond vem há
alguns anos demonstrando que a ideia de conjugar software e hardware não
está fora de seus planos. Exemplos disso são a dupla Xbox 360 e Kinect e
o recém-anunciado tablet Surface. Todos esses aparelhos tiveram seus sistemas operacionais e componentes projetados pela Microsoft.
Mas a organização fundada por Bill Gates não deve parar por aí.
Segundo a publicação do BuzzFeed, a empresa está efetivamente
trabalhando no desenvolvimento e na construção do hardware para outros
dois produtos: o Windows e o Windows Phone – o qual não deve demorar muito para aparecer.
(Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
A tendência para os próximos anos é que os computadores, smartphones,
tablets, video games e até TVs deixem de ser aparelhos completamente
independentes, oferecendo ferramentas e recursos cada vez mais
interativos. Com isso em mente, o anúncio de que o Windows Phone 8 contará com o mesmo núcleo do Windows 8 não
é nenhuma surpresa. Inclusive, ainda existe a expectativa de que a
próxima geração do Xbox também rode sobre essa mesma base.
É hora de mostrar todo o seu potencial
Assim, é por esse melhor desempenho e a integração de seus produtos
que a Microsoft está investindo muito dinheiro e esforços para se tornar
também uma empresa de hardware. Não podemos esquecer que vender
aparelhos com o logotipo da empresa é mais uma forma de reforçar o poder
de uma marca no mercado – o que, no idioma do capitalismo, significa
mais lucros.
É somente por meio de seus próprios produtos, feitos sob medida, que a
Microsoft provará o verdadeiro potencial de seu software. Com um
hardware fechado, todas as possibilidades e avanços do Windows 8 podem
ser mediados e explorados, não tendo a empresa que acompanhar de longe o
que as suas parceiras fariam com as ferramentas em mãos.
Há espaço para todas, mas agora é a empresa de Redmond que passa a ditar as regras do jogo.
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